terça-feira, março 17, 2009

Nunca o mesmo rio.

"E o pensamento, pelo qual nós o conhecemos, é o pensamento de ele-em-aquelas-relações, um pensamento difundido na consciência de todo aquele obscuro contexto. (...) De um ano para outro, vemos as coisas sob novas luzes. O que era irreal, tornou-se real, e o que era excitante é insípido. Os amigos, por quem nos preocupávamos, foram transformados em sombras; as mulheres, uma vez tão divinas, as estrelas, as florestas e as vertentes, porque agora são tão monótonas e comuns? (...) A experiência nos remodela a cada momento, e nossa reação mental, em cada coisa dada, é realmente uma resultante de nossa experiência de todo o mundo até aquela data.

(...) e o que quer que seja verdadeiro para o rio da vida, para o rio da sensação elementar, certamente, seria verdadeiro dizer, como Heráclito, que nunca nos banhamos duas vezes no mesmo fluxo."

Pedaços retirados do capítulo IX do livro Princípios de Psicologia, de William James.

E de pensar e sentir me perco e me reencontro.
De mim.
Dos outros.
Do mundo.

Nunca o mesmo rio, mas sempre tudo até aqui.

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