sábado, outubro 13, 2012

Sobre o Tatu, a Copa e os Defesnores da Alegria.

Acho que é fundamental a gente se manifestar contra o ato violento que aconteceu no largo. Na minha opinião estamos lidando com um problema imenso e sem fronteiras. O que aconteceu aqui, acontece em muitos outros lugares. Envolvendo pessoas diferentes e circunstâncias geográficas diferentes, mas no fundo diz respeito sempre à mesma coisa: dificuldade em lidar com a raiva e falta de experiência de 
amor na vida das pessoas.

Acho que as pessoas precisam brigar menos e se abraçar mais. O brigadiano que age com estupidez, provavelmente, nunca teve uma experiência de amor e compaixão na vida. E o manifestante que em meio a uma manifestação pacífica atira pedras não consegue lidar de forma positiva com a própria raiva e canalizar para uma atitude mais eficaz.

No entanto, nesse todo, o mais urgente é cobrar das instituições uma posição ativa de controle e fiscalização das atitudes da Brigada. Porque no campo individual a ação é impossível. A corporação, como entidade pública de defesa, está agindo em nome de uma coletividade e deveria ter tomado ações dentro do que lhe cabe: proteger o cidadão e jamais atacá-lo e humilhá-lo.

Que essa experência sirva para que a ação violenta não seja mais creditada como vitoriosa. Qualquer lado que atue de forma violenta está atuando contra toda a humanidade, contra nossa possibilidade de crescimento social. Somos parte de uma totalidade que não diferencia farda, roupa civil ou ausência de vestes. Somos o mundo - e este está em colapso dentro de uma história repleta de guerras que causam dor e têm resultados questionáveis.

Que nossas vozes possam ser brandas quando nossos corações forem violados pela raiva. Que nossos braços sejam fortes para se manterem firmes e ofertarem abraços aos espíritos carentes de afeto. Que nossas palavras encontrem ecos e se repliquem em nome da compreensão e da convivência paícifica entre os distintos.





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Da vida que se tem.

A cada dia um passo.
A cada dia mais infinito.
Cores que invadem a casa.
Sol que ilumina o sono dos gatos.

Felicidade de vida pulsante.
De existência que se atinge plena.

Conforto com o que há.
Afagos.

Estar diante do outro. Ver-se.
A cada dia maior.
A cada dia mais forte.
E mais junto.