quinta-feira, março 26, 2009

Findar pra existir

Tenho pensado sobre o que é o amor e sobre como identificar, com certeza, sua existência.
Pensei, pensei e me deparei, no meio de tantos pensamentos, com o seguinte ponto:

"Às vezes você ama, mas ficar junto não é possível."

E aí? Deixa de ser amor por causa disso??

Acho que não.
Acho que quando há a impossibilidade de estar junto, seja por falta de tempo, de interesse, de afinidade, ou simplesmente porque o humor não está bom... não é falta de amor!

Amor não é sinônimo de relacionamento.

Como maior prova disso existem os amores platônicos!
Mas eles não são os únicos impossíveis...

Muitas vezes na vida a gente encontra pessoas que ama,
com quem vive um relacionamento,
ou mesmo só uma história tórrida e não oficial de curto prazo.
Quando há a separação, nem sempre é por falta de amor.
Estou pra dizer que na maioria das vezes não é por isso!

Mas se há amor porque o relacionamento acaba?

Porque a vida da gente é feita de muita coisa...
trabalho, família, amigos, viagens pelo mundo...
e nem sempre o relacionamento te possibilita ser feliz em meio a tudo isso.
Acho que a gente tenta encontrar um equilibrio.
Um equilibro de qualidades e sensações boas entre tudo!
E se o relacionamento interfere na balança...
ele não nos serve mais.
Porque não é possível estar com alguém infeliz do nosso lado, nem aceitar ser infeliz do lado de alguém.

Meu último relacionamento não acabou por falta de amor.
Acabou porque já não equilibrava mais os pratos da balança da vida
de nenhum dos dois.

Vejo muita gente mantendo relações com sofrimento...
e quando pergunto: por quê?
me respondem: por que eu amo.
Mas depois de um tempo, só vejo esse amor de sacrifício gerando mágoa e se suicidando.

É preciso lembrar que o verdadeiro amor não é egoísta!

Será que essas relações ainda são de amor?
Ou acabaram no apego e no medo de viver outras experiências?

Acho que o verdadeiro amor existe pra trazer prazer, não sofrimento!

Amar é algo precioso!
E justamente por isso,
prefiro aceitar quando a separação se pronuncia.
Mesmo que isso signifique tornar ocultos alguns desejos intensos.
A distância e a separação não é pior que a morte do amor.

É preciso admitir e viver plenamente o amor, mas protegê-lo também.
Até pra que num outro momento, com mais tempo, mais interesse, mais afinidade, ou simplesmente porque o humor está bom...
o relacionamento possa um dia renascer!

:)

Pra lembrar:

"Não confunda imagirnário com ilusório, muito menos liberdade com libertinagem."

:)

quarta-feira, março 25, 2009

Pra continuar feliz!

Pois é... to curtindo esse lance de colocar videos no blog!!
e to curtindo me sentir feliz a maior parte do tempo!

Assim... quero compartilhar!!

Tem mais uma música que me deixa sempre feliz quando escuto...
é uma música com clipe mega fofo e que tem direção de um baita cara!

Island in the sun
do Weezer, dirigido pelo Spike Jonze
:)

segue a letra pra cantar junto! hehe
e beijos pra todos! porque hoje eu estou muito afetuosa!


Island In The Sun
Weezer

Hip hip
When you're on a holiday
You can't find the words to say
All the things that come to you
And I wanna feel it too

On an island in the sun
We'll be playin' and havin' fun
And it makes me feel so fine I can't control my brain

Hip hip
When you're on a golden sea
You don't need no memory
Just a place to call your own
As we drift into the zone

On an island in the sun
We'll be playin' and havin' fun
And it makes me feel so fine I can't control my brain

We'll run away together
We'll spend some time forever
We'll never feel bad anymore

Hip hip

On an island in the sun
We'll be playin' and havin' fun
And it makes me feel so fine I can't control my brain

We'll run away together
We'll spend some time forever
We'll never feel bad anymore

Hip hip
We'll never feel that anymore
Hip hip
We'll never feel that anymore


segunda-feira, março 23, 2009

O terceiro não veio

O terceiro post eu esqueci sobre o que era...
divaguei muito e preciso voltar pra minha dissertação!

Ela me chama em qualquer lugar que eu vá!

Frase do dia:

- Seja tola só se isso lhe trouxer alguma felicidade!

:)

Da bobice

O segungo post é pra falar de estrelas!!

Estrelas dessas que brilham no céu e que a gente quase não vê mais nas cidades grandes!
(não que Porto Alegre seja exatamente uma cidade grande... mas vocês me entenderam... eu acho!)

Ontem fui ao show do Nando Reis no Anfiteatro...à beira do Guaíba... com a imensidão azul sobre as cabeças!

Milhões de pessoas assistindo ao show e me pergunto:
quantos que lá estavam viram as estrelas daquela noite quente?

Olhei pro céu e vi várias delas!

Como há muito tempo as nuvems e a poluição me impediam de ver...
ao menos por aqui!

Fiquei feliz ao ver um infinito!!

Acho que poucos dentro da multidão repararam...

Mas eu vi.

Assim como vi o sol se pondo devagar, tornando-nos sombras no horizonte laranja intenso!

Ai to boba. Deixa assim!

Do amor

O primeiro dos três posts de hoje, me veio ao ler o texto da Martha Mederios no jornal de domingo...

O Título:
O amor nos tempos de hoje

Basicamente diz que o amor está em falta,
que foi escorraçado pela mídia e trocado nas relações pessoais
por paixão, desejo, oportunidade ou conveniência.

Tive que dar o braço a torcer e concordar!
Mesmo achando o texto um tanto piegas
(aliás como todos da Martha Medeiros!)!

A geração do tudo "fast" não consegue se dedicar a algo que leva tempo pra ser construído...e que não se apaga teclando delete!

Amor é sentimento a longo prazo.

E não combina com quem quer viver o aqui-agora e foda-se o amanhã! Não combina com essa urgência de tudo... porque o mundo vai acabar, sabia?!

Amor é brando e profundo.
Não pode ser fingido, forjado.
Amor só pode ser...
Se for amor.

"Enquanto a paixão se esgota em si mesma e não está interessada no amanhã, o amor é ambicioso, se pretende eterno, e para pavimentar essa eternidade não mede esforços.(...) Amar é a transgressão maior. É quando rompemos com a nossa solidão para inaugurar uma vida compartilhada e inédita.(...) nada é mais revolucionário e poderoso do que o que a gente sente. Nada. Nem mesmo o que a gente pensa."
(Martha Medeiros)

E me dou conta de que estou definitivmente e terrivelmente tão piegas quanto ela...
que péssimo isso!!!

:P

sexta-feira, março 20, 2009

Pra animar!

Ok... vamos dar uma animada nesse blog hoje!
Como eu mesma disse no primeiro post do ano: a gente faz pela gente! porque de resto ... não sei não!

Adoro a Corinne Bailey Rae!!
Tem uma música dela que já ouvi umas milhões de vezes...
imaginando coisas românticas!

Mas essa que vou deixar aqui pra vocês é diferente!

É pra imaginar todas as coisas boas que nos esperam na vida!
Porque se exitem os obstáculos... a gente passa por eles e consegue ser feliz sim!

É bom acreditar... porque nada permanece o mesmo na vida... tudo é movimento, mudança...
e se as coisas mudaram pra pior... daqui a pouco melhoram e tudo se ajeita.
Basta a gente realmente querer!
Quando se quer e se quer muito... tudo fica bem no final!

Então vamos querer juntos que a vida colabora!

;)

E se a minha culpa é amar... vou continuar culpada, fazer o que?!


quarta-feira, março 18, 2009

Eu quero calor.

Nesse momento eu só quero que o meu corpo seja teu.

Foi isso o que eu disse.
Mas não foi o que aconteceu.

E não foi, porque eu não soube estar aberta... como antes havia estado.
Não fui capaz de me manter aberta... e oferecer calor,
dar os afagos que eu tanto desejei
e os beijos pelos quais tanto esperei.


As coisas parecem não ter volta.
Me sinto pequena.
Impotente.


Só consigo me fechar cada vez mais.
Até não ser mais notada e permitir que pela minha ausência algo de bom retorne...
sem a minha lembrança, fria, sombria.

Quero felicidade, mesmo que não seja plena.

E infelizmente parece que só a distância será capaz de ajudar.
O tempo transcorrido.
A ausência.

Mas eu tenho medo.
Medo que os caminhos sejam diferentes e a distância nunca se acabe.
O que pode acontecer,
por maiores e mais sinceras que tenham sido as promessas de companhia, afeto e amizade.

Um dia cumplices.
Noutro o que?

E nesse exato momento eu só preciso de um abraço... mas ele não vem.

Who's playing hide and seek?

Tenho problemas com quem se esforça em ser "padrão".
Não consigo conceber algum padrão para o ser humano.
Acho tarefa infrutífera e tediosa se esforçar pelo padrão.
Até porque... se existe algum padrão ele provavelmente é justamente apadronal.

(apadronal? existe essa palavra?)

Me parece que pessoas que se esforçam em ser padrão...
na verdade estão se escondendo.
Acho que "esconder-se" é o verbo preferido de quem pratica tal covardia.
E digo covardia porque falo de esconder a quem se é,
pelo medo do julgamento alheio!

Quem segue determinadas normas sociais porque faz parte do que é, acho louvável, ético.
Meu problema é com aqueles perfis fake, sabe?!
Pessoas que têm um eu social completamente diferente do que efetivamente teriam se o julgamento alheio não estivesse em destaque...
Esses é que são meu problema.

Meu problema porque me incomodam.
Ou porque eu me incomodo com elas.

E por que me incomodo com elas? Talvez se perguntasse alguém entendido em psicanálise... Tentando, quem sabe, descobrir algum aspecto obscuro da minha psiqué relacionado com tal atitude...

Talvez porque eu mesma já tenha tentado e não tenha obtido sucesso, talvez porque veja sempre muitos tentando e não obtendo sucesso, talvez porque realmente não consiga mais ver essa como uma atitude eficente.

Se o propósito é ser feliz não há eficácia na covardia.

Mas essa, como sempre, é só a minha opinião.
E atualmente venho pensando que ela em nada oferece.
É só uma opinião, sem fundamento teórico ou científico.

E se escrevo aqui no blog... não é para oferecer alguma coisa à alguém.
Por mais que a internet seja um ambiente público.

Realmente não vejo mais esse espaço como possibilidade de diálogo.
E dialogar sim, acredito que seja uma atitude de oferta genuína.

Tenho visto e sentido esse espaço muito mais como estratégia de exposição mera e simples.
Como forma de não me acovardar e não me esconder... mesmo que primária, mesmo que inicial.

É que não temo o julgamento alheio, mas o meu próprio.

terça-feira, março 17, 2009

De águas e sonhos

Trecho do filme "Sonhos", de Akira Kurosawa.





:)

Nunca o mesmo rio.

"E o pensamento, pelo qual nós o conhecemos, é o pensamento de ele-em-aquelas-relações, um pensamento difundido na consciência de todo aquele obscuro contexto. (...) De um ano para outro, vemos as coisas sob novas luzes. O que era irreal, tornou-se real, e o que era excitante é insípido. Os amigos, por quem nos preocupávamos, foram transformados em sombras; as mulheres, uma vez tão divinas, as estrelas, as florestas e as vertentes, porque agora são tão monótonas e comuns? (...) A experiência nos remodela a cada momento, e nossa reação mental, em cada coisa dada, é realmente uma resultante de nossa experiência de todo o mundo até aquela data.

(...) e o que quer que seja verdadeiro para o rio da vida, para o rio da sensação elementar, certamente, seria verdadeiro dizer, como Heráclito, que nunca nos banhamos duas vezes no mesmo fluxo."

Pedaços retirados do capítulo IX do livro Princípios de Psicologia, de William James.

E de pensar e sentir me perco e me reencontro.
De mim.
Dos outros.
Do mundo.

Nunca o mesmo rio, mas sempre tudo até aqui.

segunda-feira, março 16, 2009

Qual o crime da memória?

Hoje pela manhã...
lendo a apresentação do livro de Eric Hobsbawm
Era dos Extremos: O breve século XX - 1914 - 1991
me deparei com a seguinte afirmação:

"Quase todos os jovens de hoje crescem numa espécie de presente contínuo, sem qualquer relação orgânica com o passado público da época em que vivem."

É o ponto de vista do historiador, que analisa em retrospectiva os acontecimentos,
que trabalha para manter a memória do mundo
e que se confronta com uma sociedade do imediato, do só existe hoje.

Fico me perguntando por que esquecemos?
Qual o crime da memória? Que atrocidade ela cometeu?

Se houve alguma, fomos nós os responsáveis.

Então esquecer pra quê?
Pra nos esquivarmos da responsabilidade?
Pra fingirmos que somos perfeitos?

A história da humanidade não é feita exclusivamente de belas páginas...
é feita também de dores profundas.
E nós... somos isso:
Fruto de humanas criaturas que geram humanos outros.
A informação, a cultura, a educação que recebemos vêm de longas vivências que,
se não foram diretamente vividas por nós,
são nossas por nossa origem.

Se os erros existem eles devem ser lembrados.
Mas não pra amargurar.

Eles devem ser lembrados pra nos felicitarmos em tê-los sobrevivido!

Pra modificarmos as rotas que dão em nada.
Pra construirmos pontes que unem e diminuem distâncias.
Pra sermos completos e não tão somente uma parte de nós.

Ser inteiro é não esquecer e mesmo assim continuar.

Prefiro guardar as lembranças e acreditar que posso fazer diferente.

E você?

:)

segunda-feira, março 09, 2009

Enough.

Quer saber... to farta.

Vou resgatar a mim mesma... essa perdida dentro do escuro.

Mas por favor, não me interpretem mal.
Não me julguem se eu for cruel.
Às vezes alguma crueldade é fundamental à vida.

:s

Blá blá blá

Parece redundante post após o outro a mesma reclamação...
parece tolo reclamar e reclamar...
Mas na verdade é só uma tentativa que ainda não rendeu frutos.

Tento, falando, reclamando, verbalizando, pensar.
É como se pensar fosse algo coletivo. Uma articulação entre muitas possibilidades, variáveis infinitas que se entrelaçam e nunca parecem definitivas.

Nada me parece definitivo, ultimamente.

E quando me vêem mais lúcida é quando estou mais perdida.

Porque penso... buscando respostas. Buscando entender um mundo, no qual não vejo sentido.

Parece infantil, parece burro, parece um milhão de coisas ridículas pra quem é diferente.
Pra quem consegue ver as fronteiras, as razões, pra quem sabe algo que definitivamente não é claro pra mim.

E de novo alguém me diz que estou lúcida. Quando justamente me sinto enlouquecer.

E as distâncias parecem maiores, cada vez maiores.
Porque simplesmente não consigo seguir o meu caminho.
Estou sendo obrigada a seguir o caminho de outro.
A vida de outro.
Algo que não me pertence.

Distante de mim mesma.

:s

domingo, março 08, 2009

Onde foi parar a minha cor?

De novo me faço a mesma pergunta...
o que preciso deixar morrer para que eu sobreviva?

Não quero insistir em carregar partes de vida que já estão mortas.
Elas me asfixiam depois de determinado tempo.

Quero parar de teimar.

Me sinto cansada pra resistir ao movimento externo.
Meu desejo não consegue mais me mover.
Não tenho mais cor.

Talvez, finalmente, eu esteja sendo esperta.
Ou talvez a mais estupida criatura...

Não sei.

:s

I wanna get in...

Fui ver o filme da Kate Winslet e do Di Caprio.

Um dos melhores dos últimos tempos na minha opinião singela.

Saí sem ar da sala de cinema. E numa ânsia de compartilhar com alguém.

"foi apenas um sonho" em "revolutionary road"



Ufa... saí viva. Mas sem ar, definitivamente.

:)

Te deixo se me deixares

Deixe-me ser uma outra pessoa,
uma pessoa que não conheça você.


Alguém que cruze o seu caminho na rua e te desconheça e te estranhe e desapareça.


Quero ficar nula. Ao menos por um tempo. Pra você.


Quero me desfazer e me refazer, gozando o silêncio que maculaste.


Deixe-me ser vazia de sentimento,
porque assim a raiva se esvai.


Deixe-me.

Ao menos por um instante. Nesse instante em que consigo te deixar.
Em que quero te deixar.

E não me despedace com afetos tortos e juras vãs.

É preciso deixar um ao outro, para se permanecer juntos em vida.
Em algum tempo, em algum lugar.

:S