domingo, abril 22, 2012

Casa[rio]


Ter casa
casar
criar família
de alegria

I[r]mã poesia.

Encontrar a solidão no outro
como em mim.
Numa palavra exata e imperfeita
perceber fagulhas de inexatidão.
Acompanhar um estar pleno
em um mundo de pequenos pedaços 
desencontrados.

Ouvir quase nada
que vem da boca de quem sequer
consegue existir.
Acompanhar pensamentos
de energia pulsante, vibrante
Ver o não visto e o escondido
em quem precisa existir.

Esquecer rostos falsificados.
Lembrar os desmistificados.

A cada palavra e abraço trocados
uma torrente de afetos.
Afetados corpos e espaço,
tempo e sentidos.
Palavras que olham e tocam,
mas seguem mudas e fantasmagóricas
para os pretensos e fingidos.