quarta-feira, dezembro 29, 2010

Mensagem de ano novo

Faço das palavras de Lauteamont a minha mensagem de ano bom pra vocês!
Que a poesia reine em nossas vidas!

beijos a todos e abraços enormes.

Ordinary life.

Dexter: Do you have a dream for your life? Your future? Yes?
Rita: Of course. Do you?
Dexter: It might sound weird. I want to someday be content. Just feel comfortable, like everyone else. I want...
Rita: ...a normal life?
Dexter: Yeah, a normal life.
Rita: That's all I want. Just that.
Dexter: No fame and fortune? Excitement at every turn?
Rita: No, I've had enough excitement, thank you. I'll take boring.
Dexter: Average.
Rita: Ordinary.
Dexter: That's weird, huh?
Rita: Yeah.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

L'Oreal face.

Essa é a dona da L'Oreal.
Aquela mulher que tem todos os cosméticos milagrosos de graça!
Daí, garotas, se constata o óbvio:
Bobagem gastar grana com creminhos!
Pra ficar assim é melhor seguir a natureza,
é mais econômico, ecológico e conveniente.

:)

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Do sabor do ócio.

Gosto dos dias vazios.
Do não fazer nada de importante para fazer o que realmente importa.

Livre para não me obrigar a nada!

Conversar só pra jogar conversa fora.
Sentir brotar do deixado ao acaso o que há de mais bonito na vida:
cumplicidade.

Cúmplices com o universo inteiro,
parte de tudo o que cerca,
existindo sem precisar e sem ter que.

Cabeças e corpos jogados ao léu,
ao vento que sopra os cabelos na janela,
ao mar que transborda no suor salgado.

Fazer nada e se preencher de vida!

A feiticeira e o (anti)nauta

Ah Jasão ingrato
vai-te pra bem longe.

Me lançaste ao pó,
ao árido, à poeira seca
da terra que não dá frutos.
Me empoeiraste, Jasão.
Me tornaste opaca.

Te dei meus beijos, meu sangue.
Meu suor recebeste com mel,
mas me deixaste a morrer de sede ao teu lado.

Ah Jasão, tu não cabes mais em mim.
Me banhei na tempestade,
me hidratei até me afogar.
A chuva inundou meus passos,
me fez líquida e luminosa.
A chuva me fez liquidar tua presença em mim.

Hoje sou feita do que não te pertence, Jasão.
Sou feita do que és incapaz de entender e tocar.

Na tua terra rachada minhas gotas não se derramam,
não tentam mais escorrer pelas tuas fendas escuras, tuas paredes duras.

Sempre foste inábil para viver a chuva,
beber a enchente,
lamber a umidade
que invadia tua casa inóspita.

Jasão de barro quebradiço e farelento!
Precisas de mais para virar terra fértil, lar acolhedor!

Agora eu sou pomar, Jasão!
Pomar molhado de orvalho e carregado de frutas.
Minhas árvores renasceram no temporal.
A água limpou tua névoa seca de areia ao vento.
Sou verdejante outra vez.

domingo, dezembro 05, 2010

Do que não me pertence.

Caindo.
No sonho estou caindo.
Sem parar.
Caio e ainda me empurram, para cair mais.

É uma sensação de agonia.
Mas que parece não ser minha.

Como é possível carregar a bagagem alheia, se a nossa já é tão grande?

Tive a sensação de me apagar, de acabar.
Não gosto disso.

Prefiro o lugar ensolarado.
A cama quente.
A vida que segue.

Estancar no meio do caminho, não me condiz.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Poema curto.

(Escrito no ônibus, caminho de casa.)

'As compras de Perséfone'

Perséfone foi às compras.
Se perdeu no meio do pomar.
Caiu em uma pilha de enlatados.
Encontrou uma novo lugar.