quarta-feira, abril 29, 2009

Tolinha

Por vezes, quando leio alguma coisa que escrevo...
só consigo pensar:

- Que tola criatura!


:)

domingo, abril 26, 2009

Do que eu sou e do que gostaria de ser.

Uma frase que ouvi hoje num filme e sempre me vem nos momentos em que alguém, importante pra mim, se distancia:
- Tenho medo de que um dia a gente se encontre e só consiga falar trivialidades.

É o apego, o vínculo, que lamenta o fim.
No filme o final foi feliz, porque não foi final.
Mas só ouço que é preciso se desapegar... que é preciso abrir mão para que o novo possa preencher mais uma vez a vida.

Essa impermanência de tudo ao mesmo tempo, que liberta e excita, está sempre aliada à insegurança. É preciso tanta coragem pra se permitir destruir os afetos no fundo do peito... e eu que quero tanto ser livre... aqui me imobilizo.

É preciso criar, dentro de mim, uma mulher mais corajosa do que eu.
Ou não sei se vou me respeitar.

Quero ser livre, mas ainda assim ser capaz de criar e viver vínculos.
Não quero a liberdade que significa isolamento.

Preciso aprender a deixar os afetos livres para morrerem se preciso for.
Livres pra se moverem, mesmo que pra longe, onde eu não possa alcançar.
Porque quero vê-los livres também.

Mas como permanecer aberta, inteira, e afetuosa...
se cada afeto perdido é como uma janela que se fecha, em uma casa cada vez mais escura?

(frases soltas...talvez com algum sentido...)

:S

Café Filosófico

Tenho gostado muito de assistir ao Café Filosófico na TV Cultura.

Uma das melhores opçoes da tv brasileira em sua parcela inteligente.

:)

sábado, abril 25, 2009

O que me dói...

"O que me dói não é
O que há no coração
Mas essas coisas lindas
Que nunca existirão...
São as formas sem forma
Que passam sem que a dor
As possa conhecer
Ou as sonhar o amor.

São como se a tristeza
Fosse árvore e, uma a uma,
Caíssem suas folhas
Entre o vestígio e a bruma. "


(Fernando Pessoa, 5-9-1933)

sexta-feira, abril 24, 2009

Morpheu me renuncia.

E pela madrugada me arrependo de diminuir distâncias que me mantêm viva.

E o sono não chega e até Morpheu me abandona.

Quisera eu, também, renunciar a mim.

:s

Da série "Como diria.." (I)

Como diria...

o Charlie Brown: Puxa, que puxa!

o Wander Wildner: Eu não consigo ser alegre o tempo inteiro.

as Tartarugas Ninja: Santa Tartaruga!

as Chiquititas: Não me diga mentirinhas, dói demaaais!

E como diria...

o Gaguinho: A-té-té-té amanhã pessoal!

Pilulas do doutor cara de coruja

1
"Minha veia narcisista sempre se pergunta: o que foi que eu fiz?"

2
"Não quero mais viver nesse carrossel que dá voltas e nunca sai do lugar: o mundo não é um faz-de-conta e nem a terra é quase o céu."

3
"As pessoas estão gostando de fingir ser o que não são. Eu não."

4
"A mula-sem-cabeça perguntou pro Saci: e daí?"

5
"Nossos tempos sempre são diferentes; é como no Feitiço de Áquila. Que aliás foi destruída por um terremoto...será que isso é um aviso?"

6
"Estou invejosa. Cuidado. Não ofereça comida aos animais."

7
"Se eu pudesse eu ficava uma vida inteira só pensando. Agir cansa e sempre tem efeitos colaterais."

8
"Comprei um Tarot. Cuidado, de novo."

9
"Lerê, lerê... vida de mestrando é difícil, é difícil como o que... Lerê, lerê..."

saída de emergência ou ode ao piloto que não incomoda

Um mês.

Muita coisa acontece.

Mas nada demais acontece.


É engraçado como é possível falar quase que diariamente com uma pessoa e nada dizer.
Falar sem dizer, sem ter significado algum em tantas palavras.


Tenho realmente me incomodado com isso.
Tenho me incomodado com a necessidade de civilidade nas relações.
Principalmente porque tenho sucumbido a ela.
Tenho sido soterrada por ela.

Me sinto fraca demais pra qualquer tipo de resistência.
Como se estivesse funcionando num modo muito básico.

Acho que troquei o botão do foda-se pelo do piloto automático.

Como o foda-se fazia muito estrago, estou tentando uma possibilidade insípida, inodora e incolor.

(tá.. é um tédio... eu sei... mas no momento não consigo nada além disso.)