quarta-feira, outubro 01, 2008

Quando coisas boas acontecem...

Voltei a falar com a minha terapeuta esses dias...
e a frase que mais ficou na minha cabeça é:
- Por que não se pode aceitar que façam bem pra gente?

Fiquei com ela retumbando...
indo e voltando...
acho que é pra eu chegar a alguma opinião sobre o assunto...
sobre uma possível resposta...

Então eu digo a vocês:
Acho que existem muitas hipóteses válidas!

1 - Porque a gente acha que não merece;
2 - Porque a gente não quer ser feliz sozinho;
3 - Porque a gente quer fazer feliz a si próprio;
4 - Porque a gente tem medo de ser feliz e não ser mais depois;
5 - Porque a gente não acredita em alegrias efêmeras, muito menos em felicidade plena;
6 - Porque a gente tá de péssimo humor e tudo o que é feliz irrita;
7 - Porque a gente é chato;
8 - Por todas as hipóteses acima ou mesmo nenhuma delas!

Eu, particularmente,
acho que tenho algumas dificuldades em deixar que me façam bem,
numa variação entre os itens 2, 3, 4 e 6...
lembrando sempre que achar não é ter certeza.
Num processo de auto-avaliação... foi o que consegui encontrar no momento... enfim...

É tão contraditório dizer que se espera ser feliz na vida e se assustar com o bem que vem de fora...
Estar sozinho é bom, ser feliz sozinho é bom (fundamental eu diria até!),
mas por que não se pode simplesmente receber algo bom de vez em quando?
Por que a gente não pode se desarmar um pouco de vez em quando?

Acho que quando a gente é capaz de ser feliz sozinho,
chega no momento ideal pra se permitir receber o bem de fora!
E depois oferecer a troca.

Ser capaz de viver essas alegrias fugazes
que se compartilham
e depois do fim ainda ser feliz consigo mesmo.

:)

Um comentário:

Caleidoscópio Eterno disse...

lindo Angela. de uma simplicidade de escrita e de uma profundidade que só o simples pode suportar...
pois é, somos tão contraditórios que me assusta um pouco quando choramos deslavados pelo desencontro com o mundo sendo que, na verdade, tudo está a nos afrontrar para o bem e para o mal. acredito que somos todos um tanto quanto míopes. mas como chegar próximo do intocável que nos faria "melhores" se ao toque ele se desfaz? o jeito é continuar caminhando mesmo não tão atentos como gostaríamos, mas na deliciosa inevitabilidade da vida...