quinta-feira, julho 23, 2009

Do estranho de morrer.

Hoje me despedi de um primo muito querido.

E fiquei pensando...

a morte é estranha.

Uma pessoa morre e simplesmente fica imóvel.
Não respira.
Não se move.
Não fala.
Não sente.

Mas seu corpo e sua imagem estão ali, ainda.

É estranho ver o corpo inerte e sem vida.

É triste ver só um corpo e não mais a pessoa.

Pra onde foi a pessoa?
Como a vida acaba assim simplesmente?
Nesse caso sem fazer alarde, sem avisar, prolongando o sono...
Como isso acontece?

O certo é que todo mundo morre um dia.
Eu também vou morrer.
Vou acabar como um corpo no mundo, somente.

Mas... que energia estranha é essa que anima o corpo...
essa que somos.
Porque não somos o corpo.
E às vezes não conseguimos nos despedir da energia que é o outro.
Fica a saudade e a vontade de dar um abraço, no corpo que ainda sentia e que ainda ligava a energia que somos ao mundo em que vivemos.

Me apego à esperança de que há um reencontro em algum lugar.

Um comentário:

Manu disse...

sempre que lembras dele, há o reencontro.