sexta-feira, março 26, 2010

Medo de mim, de ti em mim.

E a paixão era ruim.
Pois tirava dela a vontade de ser livre.

Apaixonada, ela queria pertencer. Queria perder o direito de ser uma. Era dele, existia com ele e quereria o que com ele viesse.

Era assustador se ver de forma tão passiva, pacifica.
Tinha medo de isso amornar as aguas correntes dentro dela.
De amansar o animal selvagem e forte.

E se depois acabasse por se tornar um reflexo? E se perdesse o brilho proprio de quem pensa por si? E se depois se perdesse e morresse em si propria?

Essa vida em dupla aterrorizava...

No entanto, não conseguia desejar outra coisa.
O sentimento vinha mais forte do que qualquer razão disponivel.

Queria infinitamente o que mais temia.
E corria o risco.

Um comentário:

Douglas Dickel disse...

E esta :)