domingo, janeiro 24, 2010

O sacrifício do Minotauro

Ainda carrego resquícios de anos passados.
De coisas vividas ao longe.
Detesto me lembrar de tantas coisas e senti-las ainda tão vivas.

Queria esquecer algumas tantas lembranças,
pra viver apenas do que interessa.

20 e 10 vai ser o ano de cremar a matéria zumbi que resta em mim.
Partes que existem como morto-vivo.
Pedaços mortos de uma vida que ainda pulsa dentro do meu aparelho orgânico,
e que se desfaz fora dele.

Quero ser somente vida vivaz!
Vida que vive em qualquer lugar e que se expande...
que não estagna nem anda em círculos.

Vou sair do labirinto e cometer o sacrifício do Minotauro...
é o sangue dele ou o meu... e eu não quero mais sangrar.

4 comentários:

Gabriel Pardal disse...

Alo
Ola
tá lá no http://paralelepipedos.tumblr.com teu poema
muitas gracias
viva que viva
vamoquevamo

Improviso disse...

e a tua Ariadne?

Angela Francisca disse...

O lance é o seguinte... a Ariadne ajuda o Teseu a sair do labirinto depois de matar o Minotauro; Poseidon fica fulo e provoca um terremoto que destrói o labirinto. Era isso. Vai tudo pro chão e coisas novas virão depois pra quem e o que ficar.

Improviso disse...

não gosto de mitologia. nunca fui muito fã dessas histórias. um dia ainda vou rescrevê-las. mas sabe de uma coisa? gosto do Minotauro. entre todos esses personagens é aquele que mais age de acordo o que lhe contem. então, para mim, há um enfrentamento comigo mesma. é sim, duro, sangue, mas se tudo ruir, não morro, renasço.