segunda-feira, junho 21, 2010

Das asas que preciso.

Estou andando de um lado pra outro.
Vai e vem.

E o chão se abriu no meio do caminho.

Meus pés não tocam terra, nem concreto, nem lodo... só ar...
O ar fica embaixo dos meus pés e eles não sentem mais o peso do corpo, nem sabem como andar.

Eu tinha um ponto. Um espaço traçado.
A borracha apagou.

Agora eu tenho um vazio.
Um vazio concreto de substância.

Aprender a ter asas é preciso, porque os pés já não servem muito pra andar.

Um comentário:

Douglas Dickel disse...

Tu tem o reforço da outra parte da díade pra esta construção morfológica. Doo-me a ti nessa tarefa.