terça-feira, outubro 06, 2009

Monte vi Deo

A viagem ao Uruguay produziu sensações estranhas.

1
Entrei num universo paralelo.
O mundo de muitos anos atrás se prolongou na existência.
Valores de outro tempo, comportamentos de outro tempo, musicas de outro tempo.

Pra alguém, por vezes nostálgica, como eu... foi bom.

2
Estive sozinha.
Momentos houveram em que eu estive realmente sozinha.
Desacompanhada até de mim mesma.

Mas quando as ruas estavam vazias, tive de voltar pra mim.
Pra me resgatar entre os escombros da "cidade velha".

3
Romântico.
Senti cheiro de romance.
Senti gosto de luas-de-mel.

Talvez vividas por todos os brasileiros que se casaram no Uruguay...
os desquitados, os separados,
os que perderam o amor juvenil e encontraram uma segunda chance,
ou os que se libertaram de amarras e convenções de matrimônios arranjados e partiram para aquela terra para pela primeira vez amar livremente.

Amor doce de leite, enjoado de tão bom.

4
O tempo passa mais devagar nas terras dos orientais.
O tempo é moroso. [talvez (a)moroso]
O tempo desliza pela pele.

5
As vozes graves de veludo.
Uruguaios têm vozes macias, saborosas.
Massagem aos ouvidos que escutam pelas praças pedaços de conversas cotidianas.

6
Qualquer hora estarei de volta.

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