Olho de lince sobre mim.
Presa desatenta.
Cada movimento capturado por olhos sagazes.
Olho de lince que alcança o longe.
Que me caça à distância, mesmo que eu fuja.
Me rastreia, sem seguir pegadas, pelo cheiro, pelo som.
Lince.
Gato arisco.
Morador das florestas densas,
que conhece os segredos e se move em silêncio.
Antecipa meus passos.
Me revela a mim mesma, sem se expor.
Não o vejo.
Não o ouço.
Mas o pressinto.
O lince espreita.
E eu, raposa selvagem, não sei o que quer de mim.
:)
2 comentários:
!
Esta é uma das tuas melhores.
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