Gosto de flertar.
Confesso.
Mas me irrita depois de um tempo.
Trata-se de um esporte pra curtas partidas e longos intervalos.
Quando o tempo se prolonga... me sinto um bife.
Um pedaço de mim cortado, pedaço de carne abatida, pronto pra ser deglutido e excretado.
Péssimo isso, eu sei!
Mas é o que sinto.
Me agradam os olhares lânguidos e prolongados... sugestivos e sem palavras.
Me agrada a proximidade dos corpos que evitam o toque mas demonstram que querem.
Me agrada algo meio escorregadio, fugidio e ao mesmo tempo entregue que existe no flerte.
Mas detesto quando de repente tudo isso se transforma num jogo de poder pra ver quem aguenta mais tempo sem fazer nada; uma masturbação pra quem não quer sair de sua acomodada posição; um fantasiar solitário que torna o outro objeto e não mais participante!
A brincadeira divertida vira algo perverso.
E mesmo meu lado masoquista não curte isso.
5 comentários:
Tenta ser mais objetiva, e isso não quer dizer prosaica, quanto aos teus intuitos com o senhor flertador. Em 100% dessas ocasiões, tenho certeza, há insegurança (quanto ao que o outro realmente pretende) e/ou falta de comunicação.
Pois é Douglas, talvez em 'alguns casos' seja esse um ponto relevante. Porque em 'alguns casos' talvez haja algum intuito. Mas no geral, e nesse sentido que escrevi o post, pode sequer existir um intuito - porque o flerte por si é divertido e prazeroso... o problema é que quando o tempo se prolonga a brincadeira perde a cor e fica uma sensação ruim de copinho de plástico - ou bife. Mas isso não é sempre, também... por vezes os 'jogadores' seguem num tempo perfeito e se pode brincar uma vida inteira!
Ahhh e muitas vezes sou eu justamente quem perde o 'timing'... me empolgo e prolongo o que deveria ser mais curtinho! rsrsrsrs
Uma vida inteira? Sério? Nunca tive um prolongamento assim ou pensei que ele pudesse existir.
Ahh acho que funcionaria... mas nunca de forma ininterrupta... e sempre com curtas partidas e longos intervalos!
Mas pode ser utopia minha... sou campeã nisso! rsrsrs
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