Eu vejo a escada
e os degraus consecutivamente se sucedem.
Na minha frente uma mão se estende.
Uma mão aberta.
Aberta pra segurar a minha,
aberta pra me dar sua força,
aberta porque não consegue se fechar.
É impossível se negar a essa mão.
Ela é dada de graça.
Não te pede nada,
não te exige nada,
não espera nada
a não ser que você a segure.
E eu seguro.
Alcanço com a minha mão também aberta
essa outra mão que me busca.
São duas mãos na verdade.
Duas mãos.
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