Estou andando de um lado pra outro.
Vai e vem.
E o chão se abriu no meio do caminho.
Meus pés não tocam terra, nem concreto, nem lodo... só ar...
O ar fica embaixo dos meus pés e eles não sentem mais o peso do corpo, nem sabem como andar.
Eu tinha um ponto. Um espaço traçado.
A borracha apagou.
Agora eu tenho um vazio.
Um vazio concreto de substância.
Aprender a ter asas é preciso, porque os pés já não servem muito pra andar.
Um comentário:
Tu tem o reforço da outra parte da díade pra esta construção morfológica. Doo-me a ti nessa tarefa.
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